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8 de nov. de 2012

Ficção Japonesa - Parte 1: Robôs e mais robôs...

Adoro ficção científica, mas nem tanto quanto meus amigos. Mas o que sempre curti foram obras desde as mais sérias (quase sempre baseadas em Asimov) até aquelas com teor mais heróico. Mas admito que meu gosto tem muito mais haver com a velha linha de mangás e animes shonen (histórias como Naruto, Full Metal Alchemist e Yu Yu Hakushô) em que o combate é um dos principais atrativos.
Mas vamos tratar sobre esse tema interessanete em algumas obras nipônicas.

-Um robô não pode causar mal a um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra qualquer mal - Primeira Lei de Asimov

Osamu Tezuka, grande pai do mangá como o conhecemos hoje em dia, deve ter bebido um pouco das obras de Asimov. Isso pode ser visto em Astro Boy.
Astro é um garoto robô, revitalizado por um bondoso cientista, com a finalidade de coloca-lo ao dispor da humanidade. O que o autor usou foi um roteiro mas certeiro: o criador original de Atom (nome original do personagem principal no Japão) queria criar um ser semelhante ao seu filho falecido. Alguém ai se lembrou de A.I. de Steven Spielberg? Pois é...
Nem entrei no mérito das habilidades especiais de Astro (100 mil cavalos de força, foguetes e armas embutidas), pois o que realmente importa é o desajustamento dele diante os humanos, que jurou proteger. Um típico conto moderno de Pinóquio, em que se busca a própria humanidade.

-"A flor de cerejeira é a primeira das flores, assim como o guerreiro é o primeiro dos homens"

O poema japonês, indica o código de conduta dos soldados nipônicos treinados para lutarem até a morte. Não é desconhecido da grande maioria, que a Segunda Guerra Mundial, mesmo sendo uma grande tragédia, inspirou alguns dos mais famosos autores em diversas areas (como citei anteriormente, J.R.R Tolkien e Osamu Tezuka são alguns deles). Mas sempre houve homenagens aqueles que deram suas vidas na guerra. Um modo claro  de se ver isso é a obra Yamato.
Num planeta Terra devastado pela própria estupidez humana, a salvação se encontra no espaço. Sem possuir uma nave, resta usar um submarino da Segunda Guerra com o nome de Yamato. Para muitos, pode parecer tolice usar a carcaça de um veículo marinho destruido, mas não para os valores japoneses. Yamato afundou em 1945, levando consigo valorosos homens, que poderiam muito bem ser tratados como "samurais modernos". É possível notar isso até mesmo nas personalidade dos protagonistas e antagonistas que encarnam os valores típicos da época.
Muitos gostam de Yamato pelos combates espaciais, eu pela demonstração de orgulho que os japoneses possuem por sua história. Seria bom se os brasileiros copiassem ISSO dos orientais!

-"Eu me transformo em um passaro. Que voa com as asas machucadas sobre o mundo tão selvagem" - Ai wa Ryuusei música do anime Gundam Wing

Talvez um dos maiores sucesso no quesito robôs não seja exatamente uma inteligência artificial criada ou uma nave espacial, mas sim os mechas (robõs tripulados). E seu maior nome até hoje é Macross (conhecido nos Estados Unidos como Robotech.
A história inicial é simples: os humanos tem que impedir a invasão de uma raça alienigena chamada zentraedi. Isso ocorre enquanto se desenvolve um triângulo amoroso entre o piloto Hikaru, a tenente Misa Hayase e a cantora pop Linn Minmay. Aliás ela que canta a música tema "Ai oboete imasu ka" (Você se lembra do amor) dublada por uma famosa seiyuu do Japão na época, Mari Ilijima.
A guerra ocorre enquanto todo esse triângulo acontece, trazendo mais amores e paixões latentes: imaginem Top Gun versão anime... é por ai...
A história deu um dos principais pontapés para séries como Gundam, Neon Genesis Evangelion, Escaflowne, Code Geass, entre outros que surgiram. Além dos famosos mechas que mudam de forma (que eu tenho costume de chamar de "transformers").

-Um robô deve proteger sua própria existência , desde que essa obrigação não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis - Terceira Lei de Asimov

Que o japão é conhecido por um desenvolvimento tecnológico, muitos sabem. Um país onde a tradição anda junto com coisas como a robôtica. E um grande autor com essa temática em seu trabalho é Masamune Shirow.
Alguma de suas obras mais cohecidas são Black Magic e Ghost in the Shell. Vou citar a segunda.
A ambientação cyberpunk tem como protagonista a major Makoto Kusanagi. Ela é uma ciborgue quase completa, mantendo somente seu cérebro orgânico. Liderando uma força especial em um Japão futurista, enfrenta situações onde os limites humano/máquina são questionados.
Deu pra sentir o clima né?
Em um próximo post, continuo a falar de sci-fi, mas focado em aliens.

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