Um tema quase nunca tratado bem é em relação a invasão de obras nipônicas de diversos tipos em outros países. Hoje trato sobre isso no Estados Unidos.
Antes de Frank Miller descobrir os mangás e usar as linguagens deles em suas versões de Batman e o clássico Ronin, o Brasil já tinha sua parcela de influência nos traços devido a presença gigante desse povo pelo fenômeno da Imigração Japonesa no Brasil. Mas como somos os bons e velhos paga-paus, precisamos ver algo fazer sucesso "lá fora" para chamar nossa atenção aqui (mais precisamente nos States...).
Uma coisa que é fato consumado é que os E.U.A. foi afetado de outra maneira: a invasão japonesa se deveu ao relançamento de obras como Speed Racer e da febre de Mighty Morphin Power Rangers (eca!!!) que fez os americanos se interessarem em animês/mangás e tokusastus, respectivamente. Com isso, o povo de lá foi sendo afetado pelos icones japoneses. O que foi um prato cheio para os empresários americanos que sempre estiveram de olho nesse mercado. Foram feitos acordos com editoras japonesas como a Kodansha, Shueisha e Shogakukan e criaram bases nos Estados Unidos para distribuir mangás. Empresas de video se especializaram em animês. Até mesmo LDs (Lasers Discs) e CDs com trilha sonora.
Isso se tornou tão grande que começou a surgir eventos de animê e mangá na terra do Tio Sam (Anime Matsuri e Megacon são um bom exemplo).
Agora podemos ver como são diferentes as chamadas invasões em diferentes culturas e sua influência e determinados países. Por exemplo, alguns artistas que foram influenciados pelo traço do Japão foram Adam Warren e Roger Cruz, esse último brasileiro. Além de chamarem artistas japoneses para produzir algumas obras como Kia Asamiya. Até mesmo o famoso e bem sucedido Neil Gaiman, autor consagrado por ser um dos melhores autores e roteiristas do selo Vertigo, se rendeu a arte de Yoshitaka Amano. Ele teria feito a arte do livro Sandman - Os Caçadores de Sonhos.
Lembre-se, em diferentes lugares, culturas e regiões, a invasão dessa arte varia. E quase sempre de modo que nos beneficia.
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19 de jan. de 2013
2 de set. de 2011
Sobre o autor: Kia Asamiya
Nascido em 28 de janeiro de 1963, em Tóquio, distrito de Sumida.
Estreou em 1986, com Shinseiki Vagrants, para a Kadokawa (editora japonesa). Desde cedo mostrou ser fã de filmes americanos, especialmente Batman (assim como Masakazu Katsura).Atualmente usa muito computadores em seus trabalhos.
Entre esses podemos citar:
- Silent Mobius, sobre uma polícia mística que enfrenta demônios extradimensionais;
- Steam Detectives, trata sobre um pequeno detetive particular que resolve casos "a la Batman" numa cidade como Londres;
- Detonator Orgun, um conto sobre um robô volta ao passado para encontrar ele... Em forma humana!;
- Dark Angel, conta sobre um jovem espadachim que precisa liderar seu país e se tornar forte em combate
- Batman Mangá, uma história paralela do morcegão sobre drogas poderosas.
Além desses trabalhos podemos citar:
- Desenhar X-Men, para Marvel, reformulando o traje de alguns dos heróis;
- Desenhar as capas de Titan, para a DC;
- Desenhar Star Wars: The Phantom Menace - Episode I pela Dark Horse.
9 de jun. de 2011
12 de abr. de 2011
Dark Angel
O que semideuses míticos lutando furiosamente por sua honra e meninas graciosas que se movimentam por um mundo virtual dentro dos computadores têm em comum? O fato de ambos terem surgido pelas mãos de Kia Asamiya, um dos mais versáteis desenhistas de mangá da atualidade.
No caso das meninas do mundo virtual, trata-se de Corrector Yui, animação que já foi exibida no Brasil pela TV a cabo, na verdade, uma série criada por encomenda para conquistar o público de Sakura Card Captors, da CLAMP. Já os guerreiros sobre-humanos são os personagens de Dark Angel, o mangá que está chegando ao público brasileiro pela Editora Mythos.
Asamiya tem em seu currículo várias séries de renome, como Silent Mobius, Nadesico, Batman Manga e a versão japonesa de Star wars. No meio de tantos sucessos, Dark Angel é com certeza um de seus trabalhos mais conhecidos no Ocidente, graças à sua história repleta de ação e aventura, mas que não dispensa um enredo envolvente e mais profundo do que a maioria das séries do gênero que circulam no Brasil. O mundo criado por Asamiya está recheado de mitos e lendas que aos poucos se tornam familiares aos brasileiros, graças ao contato e o interesse crescente com as culturas orientais como a da China e do Japão.
UM MUNDO E SEUS REINOS
A história de Dark Angel se passa em um mundo mítico, dividido em quatro países de acordo com os pontos cardeais e os animais sagrados chineses: há o Reino dos Ventos do Leste, que tem como símbolo o Dragão Azul, o Reino dos Ventos do Norte, sob a constelação da Ursa Maior, o Reino dos Ventos do Sul, sob a proteção da Fênix Escarlate e o Reino dos Ventos do Oeste, domínio do grande Tigre Branco. Há ainda o reino central de Oukaku, responsável pela manutenção da ordem entre as Nações do Quatro Ventos.
Cada um dos reinos é governado por um guerreiro possuidor de poderes extraordinários, que também é o guardião de seu país. Estes soberanos recebem o nome de fantasmas sagrados (gensei) e têm pequenos espíritos guardiões como seus conselheiros. Por força de um tratado firmado muito tempo atrás, nenhum deles pode entrar em um domínio que não seja o seu sem antes pedir a permissão do fantasma sagrado que o governa, e assim os quatro reinos vivem um tempo de paz.
O SUCESSOR
A história começa com Lorde Soh, fantasma sagrado da Fênix Escarlate, treinando seu jovem discípulo Dark junto a uma cachoeira. Por mais que se esforce, é óbvio que Dark ainda tem muito que aprender antes de atingir o nível de seu mestre. Porém, Lorde Soh tem pressa, pois pressente que sua vida está chegando ao fim, e desafia Dark a colocar todo o seu poder e habilidade em um golpe supremo, que decidirá se ele poderá continuar o treinamento ou não.
Após uma dura luta, Lorde Soh deliberadamente evita se defender e morre pelas mãos de Dark, pois essa seria a única maneira de nomeá-lo seu sucessor. Antes de morrer, o soberano entrega ao jovem sua espada mágica e diz que ele deve se apresentar como novo fantasma sagrado ao senhor do reino central, tendo como guia na viagem a pequena fada guardiã Kyoh.
A ESPADA CONFISCADA
No entanto, Dark não é realmente o que se espera de um herói e logo se perde, entrando por engano no Reino do Dragão Azul. Apenas isso já lhe custaria a vida, mas, entre os guerreiros que vão lhe barrar o caminho, está uma antiga aluna secreta de Lorde Soh, também sua amante. Louca de dor com a notícia da morte de Soh, ela inicia uma selvagem batalha com Dark, para a qual também chega a soberana do país, e que só acaba quando a espada mágica (que Dark até então sequer conseguia tirar da bainha) mostra todo o seu poder e o espírito de Lorde Soh revela-se como unido ao do rapaz.
Por haver infringido a lei suprema dos quatro reinos, Dark tem sua espada confiscada por um emissário do reino central, que lhe aconselha a retornar ao seu domínio e procurar um famoso mestre ferreiro para conseguir uma nova espada. Após várias tentativas, Dark e Kyoh encontram o mestre Kiba, que testa o coração do rapaz e lhe dá uma espada sem fio, com a qual ele poderá salvar vidas e não destruí-las, conforme o seu desejo (exatamente como um certo samurai de outra série...).
HERÓI OU DEMÔNIO?
Nesse meio tempo, no encalço de um criminoso, o soberano do Reino dos Ventos do Oeste invade o reino de Dark e chega à casa do mestre Kiba, desafiando a lei sagrada. Como soberano do reino da Fênix Escarlate, Dark precisa puni-lo, tendo início, então, uma feroz batalha. É aí que descobrimos que Dark tem sangue negro, como o dos demônios. Será Dark realmente um demônio? Por que, então, Lorde Soh lhe confiou a guarda do reino da Fênix Escarlate?
Essas e outras perguntas vão se esclarecer durante a saga do jovem Dark em meio aos relacionamentos e às intrigas dos guerreiros dos quatro mundos, sempre com muita ação em lutas empolgantes e bem desenhadas. O traço de Asamiya é relativamente leve para o gênero, mas se casa perfeitamente com as características de suas personagens, as quais não são excessivamente musculosos e usam antes suas habilidades em vez da força bruta durante suas lutas. Suas figuras são elegantes e expressivas, tanto facial quanto corporalmente, e o desenho sempre acentua a personalidade das personagens, em geral bem delineadas e bastante convincentes. O mesmo vale para os conflitos que se desenrolam entre elas.
No caso das meninas do mundo virtual, trata-se de Corrector Yui, animação que já foi exibida no Brasil pela TV a cabo, na verdade, uma série criada por encomenda para conquistar o público de Sakura Card Captors, da CLAMP. Já os guerreiros sobre-humanos são os personagens de Dark Angel, o mangá que está chegando ao público brasileiro pela Editora Mythos.
Asamiya tem em seu currículo várias séries de renome, como Silent Mobius, Nadesico, Batman Manga e a versão japonesa de Star wars. No meio de tantos sucessos, Dark Angel é com certeza um de seus trabalhos mais conhecidos no Ocidente, graças à sua história repleta de ação e aventura, mas que não dispensa um enredo envolvente e mais profundo do que a maioria das séries do gênero que circulam no Brasil. O mundo criado por Asamiya está recheado de mitos e lendas que aos poucos se tornam familiares aos brasileiros, graças ao contato e o interesse crescente com as culturas orientais como a da China e do Japão.
UM MUNDO E SEUS REINOS
A história de Dark Angel se passa em um mundo mítico, dividido em quatro países de acordo com os pontos cardeais e os animais sagrados chineses: há o Reino dos Ventos do Leste, que tem como símbolo o Dragão Azul, o Reino dos Ventos do Norte, sob a constelação da Ursa Maior, o Reino dos Ventos do Sul, sob a proteção da Fênix Escarlate e o Reino dos Ventos do Oeste, domínio do grande Tigre Branco. Há ainda o reino central de Oukaku, responsável pela manutenção da ordem entre as Nações do Quatro Ventos.
Cada um dos reinos é governado por um guerreiro possuidor de poderes extraordinários, que também é o guardião de seu país. Estes soberanos recebem o nome de fantasmas sagrados (gensei) e têm pequenos espíritos guardiões como seus conselheiros. Por força de um tratado firmado muito tempo atrás, nenhum deles pode entrar em um domínio que não seja o seu sem antes pedir a permissão do fantasma sagrado que o governa, e assim os quatro reinos vivem um tempo de paz.
O SUCESSOR
A história começa com Lorde Soh, fantasma sagrado da Fênix Escarlate, treinando seu jovem discípulo Dark junto a uma cachoeira. Por mais que se esforce, é óbvio que Dark ainda tem muito que aprender antes de atingir o nível de seu mestre. Porém, Lorde Soh tem pressa, pois pressente que sua vida está chegando ao fim, e desafia Dark a colocar todo o seu poder e habilidade em um golpe supremo, que decidirá se ele poderá continuar o treinamento ou não.
Após uma dura luta, Lorde Soh deliberadamente evita se defender e morre pelas mãos de Dark, pois essa seria a única maneira de nomeá-lo seu sucessor. Antes de morrer, o soberano entrega ao jovem sua espada mágica e diz que ele deve se apresentar como novo fantasma sagrado ao senhor do reino central, tendo como guia na viagem a pequena fada guardiã Kyoh.
A ESPADA CONFISCADA
No entanto, Dark não é realmente o que se espera de um herói e logo se perde, entrando por engano no Reino do Dragão Azul. Apenas isso já lhe custaria a vida, mas, entre os guerreiros que vão lhe barrar o caminho, está uma antiga aluna secreta de Lorde Soh, também sua amante. Louca de dor com a notícia da morte de Soh, ela inicia uma selvagem batalha com Dark, para a qual também chega a soberana do país, e que só acaba quando a espada mágica (que Dark até então sequer conseguia tirar da bainha) mostra todo o seu poder e o espírito de Lorde Soh revela-se como unido ao do rapaz.
Por haver infringido a lei suprema dos quatro reinos, Dark tem sua espada confiscada por um emissário do reino central, que lhe aconselha a retornar ao seu domínio e procurar um famoso mestre ferreiro para conseguir uma nova espada. Após várias tentativas, Dark e Kyoh encontram o mestre Kiba, que testa o coração do rapaz e lhe dá uma espada sem fio, com a qual ele poderá salvar vidas e não destruí-las, conforme o seu desejo (exatamente como um certo samurai de outra série...).
HERÓI OU DEMÔNIO?
Nesse meio tempo, no encalço de um criminoso, o soberano do Reino dos Ventos do Oeste invade o reino de Dark e chega à casa do mestre Kiba, desafiando a lei sagrada. Como soberano do reino da Fênix Escarlate, Dark precisa puni-lo, tendo início, então, uma feroz batalha. É aí que descobrimos que Dark tem sangue negro, como o dos demônios. Será Dark realmente um demônio? Por que, então, Lorde Soh lhe confiou a guarda do reino da Fênix Escarlate?
Essas e outras perguntas vão se esclarecer durante a saga do jovem Dark em meio aos relacionamentos e às intrigas dos guerreiros dos quatro mundos, sempre com muita ação em lutas empolgantes e bem desenhadas. O traço de Asamiya é relativamente leve para o gênero, mas se casa perfeitamente com as características de suas personagens, as quais não são excessivamente musculosos e usam antes suas habilidades em vez da força bruta durante suas lutas. Suas figuras são elegantes e expressivas, tanto facial quanto corporalmente, e o desenho sempre acentua a personalidade das personagens, em geral bem delineadas e bastante convincentes. O mesmo vale para os conflitos que se desenrolam entre elas.
26 de mar. de 2011
Steam Detectives, o trabalho de Kia Asamiya
Steam Detectives conta a história do jovem Narutaki que após a morte de seus pais, e receber uma gorda herança, resolve abrir uma agência de detetives particulares para combater o crime em Steam City.
Em pouco tempo Narutaki se torna o mais jovem e bem sucedido detetive da cidade devido a sua inteligência e poder dedutivo.
Sempre contando com a ajuda de sua enfermeira particular Ling Ling, seu fiel mordomo Kawakubo e seu poderoso Megamaton Goriki, Narutaki vai enfrentando um desfile de vilões carismáticos e tão inteligentes quanto ele.
Em pouco tempo Narutaki se torna o mais jovem e bem sucedido detetive da cidade devido a sua inteligência e poder dedutivo.
Sempre contando com a ajuda de sua enfermeira particular Ling Ling, seu fiel mordomo Kawakubo e seu poderoso Megamaton Goriki, Narutaki vai enfrentando um desfile de vilões carismáticos e tão inteligentes quanto ele.
27 de jan. de 2011
Silent Mobius: detetives do paranoramal
Silent Möbius (em japonês: サイレントメビウス, Sairento Mebiusu?), criado por Kia Asamiya, é um mangá de 20 volumes, uma série de anime de 26 episódios e um par de filmes licenciados pela Bandai Entertainment. O enredo da obra é fortemente influenciada pelo filme Blade Runner e tem como centro a vida dos membros da AMP (Attacked Mystification Police Force), um grupo de oficiais policiais femininas com vários talentos e personalidades que protegem Tóquio da invasão de criaturas extradimensionais, chamadas de Lucifer Hawks. A série foi publicada em inglês pela Udon Entertainment e, posteriormente, pela Viz Media. O nome "Möbius" origina-se da expressão Fita de Möbius (Möbius strip), nome dado a um espaço topológico obtido pela colagem das duas extremidades de uma fita, após efetuar meia volta numa delas. A representação de uma fita de Möbius aparece logo no tema de abertura do desenho.
Em 1999 Gigelf Liqueur, ajudado por uma associação de magos, colocou em ação um plano para abrir um portão entre a Terra e o mundo de Nemesis. A intenção era trocar o ar e a água poluída da Terra pelo do mundo de Nemesis. Para ajudar neste esforço, um enorme cíclotron foi construído embaixo de Tóquio. Infelizmente para todos os envolvidos, Ganossa Maximilian - uma velha aprendiz de Gigelf - sabotou o plano abrindo o portal muito cedo e usando o portal para seus próprios intentos. Após isso, Gigelf e a associação de magos lutaram contra a invasão de um Lucifer Hawk (o nome dos habitantes de Nemesis) por alguns anos. Gigelf foi morto em 2006 e parece que a associação teve a mesma sorte nos anos subsequentes.
Em 2003, Rally Cheyenne, filha de um membro da associação de magos, Lufa Cheyenne, iniciou a Attacked Mystification Police. De dupla descendência (o pai de Rally era de Nemesis), Rally se sentia parcialmente responsável pelo crescimento dos ataques a seres humanos inocentes, saqueados criaturas de Nemesis. Ela iniciou a organização com apenas 3 oficiais (Kiddy Phenil, Lebia Maverick e Nami Yamigumo) e uma subcomandante (Mana Isozaki). Ao longo dos anos, foram incluídas Yuki Saiko, Katsumi Liqueur e Lum Cheng para a equipe, ajudando na luta para proteger a Terra dos Lucifer Hawk.
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