"A
Família Himuro participava de um específico e enigmático ritual
xintoísta com o nome de “Ritual de Estrangulamento”, que era usado para
selar o karma ruim da Terra. O Karma, chamado “Malice” (ou Malícia),
emergiria em uma data específica perto do final do ano de um portal no
jardim interno da mansão. Para prevenir isso,uma donzela era escolhida
ao nascer e isolada do mundo externo para ser criada como um cordeiro
para sacrifício. Isso era feito para prevenir que ela, a “Donzela do
Santuário da Corda”, adquirisse qualquer ligação com o mundo externo, o
que arruinaria o ritual. Antes do “Ritual de Estrangulamento”, outra
donzela era escolhida para o “Ritual do Demônio Cego” que, ao ser
amarrada, sua face era forçada contra uma máscara de madeira com espetos
nos locais onde deviam estar os olhos. A relação dessa prática com o
“Ritual do Estrangulamento” não é conhecida, mas aparentemente era
necessária para o sucesso.
Após o tempo certo ter
passado,chegaria o dia do “Ritual do Estrangulamento” para a “Donzela do
Santuário da Corda”, onde ela seria atada por cordas nos seus pulsos,
tornozelos e pescoço. As cordas eram amarradas a times de bois, que
puxavam radialmente do corpo da menina, arrancando seus membros de seu
corpo. Não é conhecido se ela estava morta antes de seus membros serem
arrancados, entretanto, é lógico que a corda do pescoço a sufocaria,
apesar de ela estar sentindo uma dor agonizante. As cordas usadas para
amarrar seus apêndices seriam ensopadas com seu sangue e cruzadas no
portal da Malícia. Mas o portal só permaneceria fechado por
aproximadamente 75 anos antes de o ritual se repetir. Por gerações, essa
tradição era passada pela família Himuro, o chefe da família sempre
participava dos procedimentos.
Porém a honra da família a levou
ao desastre. Durante o último “Ritual de Estrangulamento” registrado, é
dito que a “Donzela do Santuário da Corda” avistou um homem do lado de
fora da mansão vários dias antes do ritual. Ela se apaixonou por ele, e
seu novo apegamento à Terra manchou seu sangue e seu espírito; o ritual e
seu sacrifício falharam miseravelmente. O chefe soube do acontecido e
perdeu sua sanidade. Ele correu pela mansão assassinando sua família, os
sacerdotes, e qualquer desafortunado que estivesse visitando a mansão
na ocasião. Envergonhado com sua falha de prevenir a calamidade, ele
caiu sobre sua própria katana, cometendo o harakiri. A Família Himuro e
os rituais performados por ela agora estavam mortos. As pessoas locais
ficaram quietas quanto a história, e eles não estavam nada ansiosos para
descobrir detalhes das mortes. Ainda hoje, esforços são feitos para
descobrir mais informações sobre a família e sua tragédia, mas os
registros são poucos.Para escolher quem vai ser o sacrifício, os guardiões pegam todas as donzelas com potencial para um jogo de pega-pega, ou “Demônio pega”.
Uma delas é escolhida como Oni (demônio) do jogo, representando um demônio do portal. A Oni deve tentar pegar as outras para determinar quem será o sacrifício. Não se sabe se as meninas são avisadas do que realmente o jogo representa.
A primeira garota a ser pega será o sacrifício do “Ritual do Demônio Cego”. Era dito que essa garota era cega ao “Oni”, e era incapaz de vê-lo. A última garota a ser pega, diziam, era a que tinha a aura (ou energia) mais forte. Ela pode ver os demônios, e consegue fugir o máximo que pode, na teoria fazendo dela a mais forte das “Donzelas”. Essa garota será a escolhida para participar do “Ritual do Estrangulamento”, que manterá os demônios no portal."
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